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By Ferramentas Blog
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Indicação e Alarme de Pressão de Óleo no Niva



Um dos alertas de segurança mais importantes dos veículos é o sistema para detecção de falha de lubrificação do motor. A maioria dos carros são equipados apenas com uma lâmpada de sinalização que acende sempre que a pressão do óleo cair abaixo de um valor pré-definido, a chamada luz espia. No Niva, além desta lâmpada, também existe um indicador analógico de pressão de óleo o que torna o sistema redundante, portanto, bem mais confiável.

Sinalização de baixa pressão de Óleo

Basicamente o sistema é composto por dois principais componentes:

  • Pressostato (cebolinha);
  • Lampada sinalizadora de painel.

Pressostato: 

Pressostato ou Cebolinha de óleo


Consiste de um interruptor acionado por pressão de óleo, conhecido popularmente como “cebolinha” e tecnicamente como pressostato. O contato elétrico desta peça fica acionado ou fechado sempre que a pressão estiver abaixo de 0,2 bar, condição que a lâmpada se acende. Sempre que o motor estiver ligado e a pressão do sistema se mantiver acima de 0,6 bar o contato do pressostato abre e a lâmpada se apaga. Uma boa pratica é prestar atenção se esta lâmpada sempre acende quando o motor é desligado. Em algumas situações, por defeito do pressostato ou da própria lâmpada, a luz nunca se acende, mesmo com o motor desligado, e isso pode confundir a interpretação e passar a falsa impressão de normalidade quando o motor está em funcionamento. Nesse caso, um teste fácil para se detectar onde está o problema é retirar a fiação do pressostato e encosta-la no “terra” ou chassi do carro. Se a lâmpada acender o problema muito provavelmente é o pressostato, porém se não acender, o defeito deve ser a lâmpada ou fusível, veja como proceder através das fotos abaixo.


1° passo - Retire o fio do Pressostato


2° passo - Encostar o fio num ponto de terra (Chassi)

3° passo - A lâmpada no painel deve acender

Agora, na hipótese contraria, se a lâmpada ficar acesa o tempo todo, com o motor ligado ou não, a primeira coisa a ser feita é verificar se a pressão indicada no painel do Niva está coerente com o habitual, daí a importância de se conhecer o comportamento do motor no dia a dia. Na dúvida, não usar o carro até ter certeza que o motor está sendo adequadamente lubrificado.


Indicador Analógico de Pressão de Óleo

Este sistema é composto basicamente por dois componentes;

Sensor de pressão de óleo;
Indicador analógico de painel. 


Resumidamente, o funcionamento é o seguinte. O sensor é conectado hidraulicamente a saída do filtro de óleo e tem a função de detectar e converter a variável física "pressão" em um sinal elétrico correspondente, o qual é enviado ao galvanômetro do indicador de painel  que mostra  em uma escala graduada o valor correspondente a pressão de óleo.

Sensor de Pressão MM393A


Sensor de Pressão MM393A

Sensor de Pressão MM393A

Como mencionado, é instalado na saída do filtro de óleo juntamente com o pressostato (cebolinha). Este sensor tem tecnologia puramente analógica e princípio de funcionamento baseado na variação da resistência ôhmica em função da pressão a ele aplicada. A tabela 1 demonstra a relação entre pressão (bar) x resistência elétrica (Ohms) do sensor original do Niva.

Tabela 1

Para efeito de curiosidade, as fotos a seguir mostram esse sensor aberto. Note que fica fácil constatar seu funcionamento. A pressão de óleo aplicada ao diafragma do sensor faz movimentar um pino que mecanicamente movimenta os contatos elétricos sobre um resistor de fio (reostato). Quando maior a pressão aplicada, maior será o deslocamento dos contatos sobre o resistor e consequentemente menor a resistência elétrica (em Ohms) obtida no terminal de saída do sensor. Trata-se uma peça rudimentar, de baixa tecnologia, mas que atende perfeitamente o proposito, coisas da engenharia Russa.



Para testar a conformidade do sensor é bastante simples. Desconectar o cabo do sensor, utilizar um multímetro e medir a resistência Ôhmica entre o terminal do sensor e o chassi do carro. Com o motor desligado a resistência deve estar em torno de 280 Ohms, isso para sensores novos. Com o motor ligado e o circuito pressurizando, a resistência deve cair conforme a rotação do motor, em meu Niva, com o motor ligado,  oscila em torno de 7 a 100 Ohms, depende da condição de trabalho do motor. Vejam nas fotos e no vídeo abaixo.




Para sensores já com muitos anos de uso é provável que exista uma disparidade em relação aos valores mostrados na tabela 1, mas o comportamento deve ser semelhante, ou seja, o aumento da pressão resulta numa diminuição proporcional da resistência ôhmica.

Para testar separadamente o indicador de painel, proceder da seguinte forma. Desconectar a fiação do sensor e ligar a ela um potenciômetro de 470 Ohms em relação ao chassi do carro. Ligar a chave na posição pré-partida e observar o indicador que deve variar a indicação conforme variamos o potenciômetro, veja nas fotos e vídeo abaixo.


Potenciômetro de 470 Ohm

O vídeo a seguir mostra os dois testes logo acima citados.





Anéis de Vedação

Um detalhe muito importante no momento de instalar o conjunto pressostato/sensor no carro é se atentar quanto a integridade dos anéis metálicos de vedação presentes nas roscas das peças. Como o circuito de lubrificação é pressurizado, podendo superar 6 bar de pressão, um vazamento de óleo ali pode rapidamente exaurir todo o óleo do motor e causar desde uma tremenda lambança até danos ao motor por deficiência de lubrificação.  


Note na foto abaixo que se os anéis metálicos de vedação estiverem em boas condições, apenas o aperto adequado é suficiente para não ocorrerem vazamentos de óleo, portanto, não é necessário usar nenhum tipo de cola ou fita teflon nas roscas das peças.

Peças instaladas e funcionando no carro